tentando entender de onde vem esta banalidade cotidiana
Mamãe sempre recomendava duas coisas: não aceite ofertas de estranhos e sempre agradeça as pessoas independentemente da classe social, cor ou credo, desde que não fira a primeira lei (agradecendo ofertas de desconhecidos aceitas).
Vovó e bisavó, me diziam com freqüência entre suas crises de Alzheimer: Diga-me com quem andas que lhe direi quem és.
Tenho certeza de que ando com pessoas do bem, e acima de tudo educadíssimas.
Ontem saindo de um bom restaurante e vendo meu camarada ser interpelado por um molambo em péssimas condições sentado no chão tive uma amostra verdadeira e ao vivo:
– O Sr. poderia me dar um trocadinho para interar o meu almoço!
Sem pestanejar (e sem olhar também), o “amigon” disparou:
– Não, não, muito obrigado!
Eu que acompanhava nosso grupo um pouco mais atrás percebi a feição de rápida confusão do mendigo agravada pela fraqueza e fome, mas que com certeza, ao organizar as idéias concluiu:
“Nossa, mas que homem educado, até perdi a fome! Sua solicitude alimentou minha alma!” – Hahaha!
Surrealismo urbano? Nãããão… ações como estas mostram o quão atencioso você pode ser com o seu próximo mesmo sem saber o que ele pede, o que precisa ou o que você pode fazer por ele, por exemplo escutar seu clamor de fome, mas mesmo assim agradecer ao total desconhecido com um sorriso sem destino! :-O
– Muitíssimo obrigado amigos desconhecidos, Hoje não! Quem sabe um dia! OBRIGADO! Hahaha!
Eles também agradeciam a desconhecidos: Led Zeppelin em… oras… Thank You:
Obrigado!